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quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Vantagens da reprodução sexuada e assexuada

Na tabela seguinte estão apresentadas as principais vantagens e desvantagens da reprodução sexuada e da reprodução assexuada.

Influência das condições ambientais no ciclo de vida dos seres vivos

As condições do meio interferem com os ciclos de vida dos seres vivos, uma vez que alteram as soluções de reprodução.
Em plantas como a espirogira e o polipódio, ocorre reprodução assexuada durante a época em que as condições ambientais são propícias ao desenvolvimento rápido dos indivíduos geneticamente idênticos ao progenitor. Como estas espécies também se reproduzem sexuadamente, garantem a diversidade genética dos descendentes e a formação de estruturas que permitem a continuidade das espécies quando as condições ambientais não são favoráveis.
Por exemplo, os pulgões durante a Primavera e o Verão, em que as condições climatéricas são estáveis e a alimentação é abundante, ocorre um rápido crescimento da população e surgem gerações de fêmeas partenogenéticas. No fim do Verão, as fêmeas partenogenéticas dão origem a machos e fêmeas. Após o acasalamento, as fêmeas põem ovos resistentes que ficam em estado de vida latente, ou seja, o organismo está vivo mas não manifesta os sintomas próprios da vida, durante todo o Inverno.
Na Primavera seguinte, os ovos desenvolvem-se originando apenas fêmeas partenogenéticas mas estas apresentam variabilidade genética e permite uma boa adaptação às alterações do meio.

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Mecanismos de reprodução assexuada

Olá! Hoje irei falar sobre os diferentes tipos de reprodução assexuada.
A reprodução é o fenómeno que garante a continuidade das gerações e a transmissão da vida. Existem dois tipos fundamentais: a reprodução assexuada, que forma novos indivíduos a partir de um só progenitor, sem ocorrer fusão de gâmetas; e a reprodução sexuada, onde os novos indivíduos são originados a partir de um ovo, célula que resulta da fusão de dois gâmetas.
A reprodução é sempre baseada na divisão celular e na capacidade de replicação do ADN, garantindo a passagem de informação genética ao longo das sucessivas gerações.
A reprodução assexuada pode manifestar-se através de diversos processos que têm em comum as seguintes características:
  • São rápidos e conduzem à obtenção de um elevado número de descendentes, o que permite uma rápida dispersão das populações;
  • Apenas é necessário um progenitor para originar descendentes, o que representa menos dispêndio de energia;
  • Os descentes possuem a mesma informação genética entre si e entre o progenitor;
  • Ocorrem quando as condições ambientais são favoráveis, permitindo crescimentos acentuados nas populações.

Algumas estratégias de reprodução assexuada são:

  • Bipartição ou cissipartição - divisão de um ser em dois com dimensões idênticas. Por exemplo a amiba, a planária e a paramécia.
  • Gemulação - formação de uma ou mais saliências, os gomos ou gemas, que se desenvolvem e separam, originando novos seres. Por exemplo, as leveduras, as hidras de água doce.
  • Esporulação - formação de células reprodutoras, os esporos, cada um dos quais pode originar um novo indivíduo. Por exemplo, o bolor do pão.
  • Multiplicação vegetativa - formação de novos seres a partir do desenvolvimento de certas estruturas vegetativas, como raízes, caules, folhas. Por exemplo, os fetos e o morangueiro.
  • Fragmentação - separação de fragmentos do corpo, originando cada fragmento um novo indivíduo por regeneração. Por exemplo, as algas e a estrela-do-mar.
  • Partenogénese - formação de novos indivíduos exclusivamente a partir do desenvolvimento de gâmetas femininos não fecundados. Por exemplo, pulgões e dáfnias.

Todos os processos de reprodução assexuada têm em comum o facto de os descendentes resultarem de uma ou várias células do progenitor. Essas células resultam de um processo de divisão mitótica, por isso, possuem a mesma constituição genética do progenitor. Por esta razão, a produção de indivíduos por reprodução assexuada designa-se clonagem e os indivíduos por clones.

As plantas reproduzem-se naturalmente por multiplicação vegetativa, no entanto foram-se desenvolvendo técnicas de propagação artificial de espécies com interesse económico. A clonagem de plantas realiza-se a partir de um fragmento de uma planta que forma outra planta geneticamente igual. As células se forem diferenciadas sofrem desdiferenciação, tendo a capacidade de originar todos os tecidos característicos da planta. Este processo é designado por micropropagação.

A ovelha Dolly é o caso mais conhecido de clonagem em animais por transferência de núcleos de células somáticas. A Dolly é um clone de uma ovelha de onde foi retirado o núcleo de uma célula diferenciada e introduzida no oócito já sem núcleo. O ovo sofreu sucessivas mitoses e especializou-se em certos tecidos formando a ovelha. A ovelha Dolly é geneticamente igual à ovelha que foi clonada, logo a reprodução assexuada tem uma reduzida variabilidade genética.

A possibilidade de clonar um animal evidencia que o núcleo de uma célula especializada pode perder a sua especificidade, comportando-se como o núcleo de um ovo a partir do qual ocorre o desenvolvimento de um ser multicelular com uma grande diversidade de tipos de células.