sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Intervenção humana no ciclo de vida dos seres vivos

As acções humanas têm graves consequências nos ecossistemas, pondo em risco a preservação de algumas espécies, especialmente as que são mais sensíveis a mudanças ambientais bruscas.
As actividades industriais ou agro-pecuárias provocam uma poluição química que põe em risco o desenvolvimento dos ovos de muitas espécies ou a eliminação de habitats e de locais de reprodução de muitos organismos têm sido algumas das interferências que as acções humanas têm provocado nos seres vivos.
Há espécies que se conseguem adaptar às variações climáticas desencadeadas pelo aumento do efeito de estufa. Outras espécies deslocam-se para regiões de clima mais favorável. Mas há ainda outras que são mais sensíveis a alterações do ambiente, correndo sérios riscos de extinção.
Encontrei uma notícia sobre o aumento da poluição sonora nos oceanos causada pelo efeito de estufa, que tem vindo a pôr em risco as espécies submarinas.
"Roma, 04 Dez (Lusa) - O aumento da poluição sonora nos Oceanos, em parte causada por gases com efeito de estufa que aumentam a acidez da água, põe em risco a sobrevivência de espécies submarinas, alertou quarta-feira a Organização das Nações Unidas (ONU).
O alerta foi deixado na abertura da Convenção Sobre as Espécies Migratórias, que decorre até sexta-feira, na sede da Organização da ONU para Alimentação e Agricultura (FAO), em Roma, Itália. Segundo os especialistas, o aumento da "cacofonia marinha" originada pelo homem representa um grave problema para as espécies submarinas, sobretudo para os mamíferos, como as baleias, que comunicam através de sons. "O barulho submarino causado pelo homem já provocou uma espécie de 'nevoeiro acústico' e uma cacofonia de som em muitas partes dos mares e oceanos do Mundo", alertou o director cientifico da Sociedade para a Preservação dos Golfinhos e Baleias, Mark Simmonds, em comunicado da FAO. Nesse sentido, o Programa da ONU para Ambiente (PNUMA), exigiu aos Governos e às indústrias que adoptem medidas para reduzir estes efeitos, como a utilização de motores mais silenciosos ou medidas mais restritivas no uso de testes sísmicos para prospecção de petróleo e gás. Os especialistas da ONU também lembram que os gases com efeito de estufa aumentam os níveis de acidez dos oceanos, o que, por sua vez, aumenta a velocidade de propagação dos sons na água, perturbando a comunicação de vários mamíferos marinhos. A menos que se reduzam as emissões poluentes, estimam, os níveis de acidez marinha podem chegar, em 2050, a um ponto em que o barulho dos navios chegue a distâncias 70 por cento maiores. Os cientistas vão propor aos 110 países signatários da Convenção que adoptem uma resolução para reduzir o impacto do barulho nos oceanos sobre as espécies mais vulneráveis."

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