quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Lamarckismo

Lamarck admitia uma progressão constante e gradual dos organismos mais simples para os mais complexos. Os seres vivos apresentavam modificações que dependiam do ambiente em que esses seres se desenvolviam. Segundo Lamarck, o ambiente era o principal agente responsável pela evolução dos seres vivos.
Lamarck apoiou-se em dois princípios fundamentais:
  • Lei do uso e do desuso - a necessidade que os seres vivos sentem de se adaptar a novas condições ambientais, resultantes de alterações do ambiente, conduz ao uso ou ao desuso contínuo de determinados órgãos, o que conduziria ao seu desenvolvimento (hipertrofia) ou à sua atrofia, respectivamente.
  • Lei da herança dos caracteres adquiridos - considerava que as transformações sofridas, provocadas pelo ambiente, quer pelo uso quer pelo desuso, eram transmitidas à descendência. Essas pequenas transformações, ao acumularem-se ao longo de gerações sucessivas, provocariam o aparecimento de novas espécies, funcionando como principal factor de evolução.

Esta teoria de Lamarck foi muito criticada porque:

  • admitia que a matéria viva teria uma "ambição natural" de se tornar melhor, de forma a que cada ser vivo seria impelido para um grau de desenvolvimento mais elevado;
  • a lei do uso e do desuso, embora válida para alguns órgãos, não explicava todas as modificações;
  • a lei da herança dos caracteres adquiridos não é válida, porque as adaptações somáticas não são transmitidas aos descendentes.

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